14 outubro 2010

Re: Dilma e a Fé Cristã - por Frei Betto

Caríssimos,
não nos deixemos enganar!

Quem é Frei Betto? É um Téologo da Libertação e abortista!
Não é atoa que ele fique do lado da ilustríssima senhora Dilma.

Que o Frei Betto já era da TL (Teologia da Libertação) eu já sabia. Diante dessa franca mensagem de sua autoria resolvi buscar alguma fonte com credibilidade e achei um post do Prof. Felipe Aquino de 2008: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2008/10/30/grupos-da-teologia-da-libertacao-apoiam-aborto-no-chile/

Resumo destaca:


Já é conhecido há muito tempo que muitos militantes na teologia da libertação aceitam e defendem a prática criminosa e pecaminosa do aborto. O próprio Frei Betto, tão decantado por muitos infelizmente, aceita isto. O mesmo sitewww.acidigital.com, em 24/05/2007, publicou a seguinte notícia: "Frei Betto  propõe legalizar o aborto na América Latina". Diz a noticia: 


SÃO PAULO, 24 Mai. 07 / 12:00 am (ACI).- Um dos representantes mais conhecidos da teologia da libertação, o frade dominicano brasileiro Alberto Libanio Christo, "Frei Betto", tem proposto legalizar o aborto na região e considera que a defesa da vida só teria sentido em um mundo ideal. 
Não temos para onde correr. Temos que escolher dos males o menor. E Dilma NÃO!

Esse tema me lembra outra discussão amplamente divulgada na internet: Um texto que diz que os católicos condenam uma tal perseguição contra o PT e Dilma, outra balela: http://reagimos.blogspot.com/2010/10/catolicos-condenam-perseguicao-contra.html

Lamento imensamente o Gabriel Chalitta estar apoiando a Dilma. Na missa em aparecida ela nem parece saber fazer o persignar-se - e se diz católica:


A verdade é que a Dilma está em queda livre nas pesquisas, mas receio que isso possa ser plantado para que nós relaxemos na divulgação que Dilma e PT são perigosos para o Brasil.


Em Cristo,
Gabriel Vaz


2010/10/13 Ivo Viana <ivoroch___@gmail.com>


DILMA E A FÉ CRISTÃ

 Frei Betto


     Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.

     Anos depois, Dilma e eu nos encontramos no Presídio Tiradentes, em São Paulo. Ela na ala feminina, eu na masculina, com a vantagem de, como frade, obter permissão para, aos domingos, monitorar celebração litúrgica na Torre, como era conhecido o espaço que abrigava as presas políticas.

     Aluna de colégio religioso na juventude, dirigido pelas freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava ativamente de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de "marxista ateia". Aliás, raros os presos políticos que professavam convictamente o ateísmo. Nossos torturadores, sim, o faziam escancaradamente ao profanarem, com toda violência, os templos vivos de Deus: suas vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.

     Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula.

     De nossa amizade posso assegurar que não passa de campanha difamatória – diria mesmo, terrorista – acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos. Se um ou outro bispo critica Dilma, há que lembrar que, por ser bispo, nenhum homem é santo.

     Poucos bispos na América Latina apoiaram ditaduras militares, absolveram torturadores, celebraram missa na capela de Pinochet... Bispos também mentem e, por isso, devem, como todo cristão, orar diariamente "perdoai as nossas ofensas..."

     Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho. É na coerência de suas ações, na ética de seus procedimentos políticos, na dedicação ao povo brasileiro, que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.

     Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: que, se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria sítios e fazendas produtivos; implantaria o socialismo por decreto...

     Passados quase oito anos, o que vemos? Vemos um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.

     Nas breves semanas que nos separam hoje do segundo turno, forças de oposição ao governo Lula haverão de fazer eco a todo tipo de boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em toda a trajetória de Dilma, em tudo que ela realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.

     Certa vez, relata o evangelista Mateus, indagaram de Jesus quem haveria de se salvar. Para surpresa dos que o interrogaram, ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem disse que seriam aqueles que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem disse que seriam aqueles que se julgam donos da doutrina cristã e se arvoram em juízes de seus semelhantes.

     A resposta de Jesus surpreendeu-os: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; nu e me vestistes; oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46)

     Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos uma vida digna e feliz.

     Isso o governo Lula tem feito, segundo opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.



Frei Betto é escritor, autor de "Um homem chamado Jesus" (Rocco), entre outros livros - www.freibetto.org twitter:@freibetto

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